Em 1979 alguém acreditava que a saúde era um bem precioso demais para estar só nas mãos dos médicos.
As doenças cardiovasculares eram, e ainda são, a principal causa de morte na população portuguesa. Era urgente mudar-se o paradigma desta situação. A morte precoce por estas causas não era um desígnio dos “Deuses” mas estavam muito associados a hábitos, comportamentos e estilos de vida e esses eram da responsabilidade de cada um. Não bastava melhorar o atendimento dos doentes ou apetrechar os cuidados médicos de equipamentos sofisticados, era necessário informar, esclarecer e promover hábitos alimentares mais saudáveis, promover a atividade física, combater o sedentarismo, promover a desabituação tabagista, entre outros hábitos. O sal adicionado nos alimentos e o que intrinsecamente existe nos alimentos pré-confecionados, era (e continua a ser) o grande responsável pela hipertensão arterial. Foi com o tabaco e o sal que a Fundação Portuguesa de Cardiologia começou a sua “batalha”, mas a “guerra” ainda não está ganha nem perdida. Aos poucos vamos ganhando terreno. Já são 40 anos.
Dr. Luís Negrão