Professor Doutor Polybio Serra e Silva
Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra,
Presidente do Conselho Científico da Fundação Portuguesa de Cardiologia
Nomeado Heroi do Coração pela Fundação Portuguesa de Cardiologia
Chamo-me Polybio Serra e Silva e sou natural de Penacova, Distrito de Coimbra,em Portugal, onde nasci em 20 de Maio de 1928.
Actualmente sou Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e, há duas dezenas de anos, sou Presidente do Conselho Científico da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) e, também, Presidente da Direcção da sua Delegação Centro onde criei o ”Programa de Iniciação à Actividade Física” (PIAF) que tem dado excelentes resultados.
Durante o meu percurso académico fui, além de Professor Catedrático de Endocrinologia, também de Patologia Médica, do Curso de Medicina Dentária da FMUC.
Nos Hostipais da UC onde, durante variadíssimos anos, fui Director Clínico dos Serviços de Medicina II fundei, em 1975, a “Consulta Externa de Profilaxia da Aterosclerose e das Dislipidemias” que tem, neste momento, quarenta e dois anos de vida continuada, activa e bastante eficiente.
Desde muito cedo, desde uma altura em que de tal praticamente não se falava, começei a sentir uma grande atracção pela Prevenção Cardiovascular com a ideia de que esta seria a melhor via de acesso a uma vida saudável.
Assim, ainda durante o Curso de Medicina, preparei um trabalho a que chamei “ O laboratório no diagnóstico precoce da aterosclerose (estudo comparativo das reacções de Kunkel-fenol e Burstein com a colesterolemia e lipidograma) ” que veio a ser a minha Tese de Licenciatura Académica.
A Tese de Doutoramento Académico efectuei-a em Lyon, em 1972, com o título de “Aterogénese experimental no rato- contribuição para o o estudo de um modelo dietético”.
Estabeleci, com o Jornal “ Diário de Coimbra”, o compromisso de, semanalmente e durante três meses, escrever uma crónica sobre os 12 principais factores de risco da aterosclerose, de que nasceu, em 1991, a publicação do livro “Prevenção Vascular”.
Em 1986 organizei, com mais dois colegas, o Núcleo de Estudos de Aterosclerose e Hipertensão, de que fui Investigador-Coordenador.
Em 1989, juntamente com mais seis colegas fundei o “Forum Atheros”, como embrião da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) de que vim a ser Co-Fundador e Primeiro Presidente, sendo actualmente Presidente Honorário e mantendo-se o meu nome como título da Conferência de Abertura do Congresso anual da referida Sociedade.
Por entender que a aterosclerose, longe de ser uma doença de velhos é uma doença intra-uterina, levei à estampa, em 1993, o primeiro livro, escrito em português e em prosa poética, onde, em linguagem simples, mas cientificamente correcta, explico às crianças como fazer a Prevenção Vascular. Este livro, “Era uma vez um coração”, já está teatralizado e na 3ª edição.
Nas duas últimas décadas da minha vida tenho continuado, dentro do espírito da FPC, a organizar Congressos, colaborar em Protocolos de Prevenção Vascular nomeadamente, ”Coimbra unida pelo coração”, em que são parceiros todas as Entidades com responsabilidade cívica e social pela saúde cardiovascular dos conimbrisenses e ainda outro com parceria similar, na cidade da Mealhada, “Unidade de Risco Cardiovascular -o coração é a razão,” também este com idênticas parcerias e, consequentemente, conducente à diminuição do Risco Cardiovascular Global
Tenho efectuado dezenas de Conferências, principalmente sobre Tabagismo, Alcoolismo, Má Alimentação e Sedentarismo, incluindo um público-alvo que vai desde o Jardim Escola à Universidade, passando pelo tecido empresarial, neste caso incidindo sobre os malefícios do consumo de tabaco.
Simultaneamente e ligado a estas actividades fui publicando dezenas de artigos de opinião e diversos livros, igualmente com algum sabor poético, dos quais simplesmente destaco: “Aprender a não ser velho”, ”Decálogo da Prevenção vascular”, “A um Amigo…Digo”, “Vossemecê Senhor Vinho- do bom e do mau uso”, “Um poético cafezinho”,”Gadus Morhue”- o fiel amigo”.
Não me interessa saber se a Prevenção Vascular fica mais cara ou mais barata do que o tratamento da doença depois de instaurada; sei simplesmente, que ela pode roubar ao doente o sofrimento, uma mais-valia que não tem preço.
O meu lema continua a ser, mais do que conseguir uma velhice saudável e activa, chegar a um envelhecimento bem-sucedido, o que só se consegue com uma precoce Prevenção e o encaminhamento do idoso para uma Universidade de Terceira Idade.
Por todo este meu trabalho, recebi a “Medalha de Serviços Distintos, Grau”Ouro”, do Ministério da Saúde, fui galardoado com a “Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos” e recebi o Prémio “Nunes Correa Verdades de Faria” atribuido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.