Os hábitos alimentares desadequados e a diminuição da atividade física são dois importantes fatores de risco das doenças cardiovasculares, pelo que, é fundamental incentivar práticas mais saudáveis e equilibradas.
A alimentação actual é bastante desequilibrada, convivemos em simultâneo com o excesso de consumo de gorduras, açúcar, e sal, provenientes de alimentos processados, carne e derivados, fritos, alimentos e bebidas ricos em açúcar a par com a carência de frutos e vegetais, leguminosas e peixe, alimentos protectores, fornecedores de fibras, hidratos de carbono complexos, vitaminas, minerais e antioxidantes. Este padrão alimentar está muito associado ao aparecimento da hipertensão arterial, ao aumento do colesterol sanguíneo, dos triglicerídeos e da glicémia. Quando alguns destes factores se conjugam aumenta de forma significativa o risco de ocorrer um problema cardíaco ou cérebro vascular grave.
Do ponto de vista alimentar devemos organizar o dia de forma a distribuir os alimentos por várias refeições, evitando o consumo excessivo de alimentos de uma só vez, o que sobrecarrega o organismo de forma pouco saudável. Tomar sempre o pequeno-almoço, fazer pequenos lanches a meio da manhã e da tarde, ajudam a comer de forma mais equilibrada ao almoço e ao jantar e a controlar melhor a quantidade diária de alimentos a ingerir.
Em traços gerais devemos fazer uma alimentação diversificada, com ingestão diária de lacticínios magros, com redução da frequência e quantidade carnes vermelhas, sobretudo vaca, borrego e cabrito e maior utilização de peixe e carnes brancas. É fundamental aumentar o consumo diário de legumes,não só na sopa mas também como acompanhamento das refeições principais e também de fruta. Deve fazer-se uma ingestão de cereais e leguminosas adequados às necessidades energéticas, privilegiando sempre que possível o consumo de cereais integrais.
Evitar alimentos fritos, ricos em gorduras saturadas e trans, produtos de pastelaria, folhados, queijos gordos e charcutaria.
Elsa Feliciano