Ateromas são placas de gordura que se formam por debaixo do revestimento interior das artérias, chamado endotélio vascular, levando a uma diminuição progressiva do seu calibre, chegando à obstrução total.
É o colesterol mau, o LDL, que oxidado origina o aparecimento destas placas.
A doença, a aterosclerose, instala-se silenciosamente, a placa vai crescendo e, com os anos, vai obstruindo lentamente a artéria até à interrupção do fornecimento de sangue aos órgãos.
A angina de peito e o enfarte do miocárdio são as manifestações mais frequente da aterosclerose nas artérias coronárias.
Mas a doença afeta outras artérias como são as que levam o sangue para as pernas.
A doença vascular periférica provoca a claudicação intermitente que se manifesta por dor intensa na barriga da perna que obriga a parar.
É também chamada a doença das montras porque a dor desaparece ao fim de alguns segundos, como se estivéssemos parado para ver uma montra.
Sem dor, podemos então retomar a marcha, mas iremos voltar a parar sensivelmente ao fim da mesma distância.
É nesta fase da doença que possível contrariar a sua evolução com a colocação de um bypass ou de um stent.
Quando a obstrução é completa, surge a gangrena no membro inferior e a amputação é a única solução.
A doença vascular periférica é uma doença silenciosa e traiçoeira porque, quando começa a dar sintomas, não assusta porque a dor passa da mesma maneira como aparece.
A diabetes, quando presente, agrava ainda mais o problema.
Luís Negrão – Assessor Médico da FPC
Fundação Portuguesa de Cardiologia
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