A doença coronária, consequência do processo de aterosclerose (na grande maioria dos doentes), engloba os doentes com angina de peito ou com antecedentes de enfarte do miocárdio.
A doença coronária é favorecida por uma série de hábitos, comportamentos e estilos de vida, como, por exemplo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o stress…que são forte contributo para os designados fatores de risco para a aterosclerose, como: hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes.
A doença coronária consiste na insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita para manter a sua atividade.
O depósito de gorduras e outras substâncias na parede das artérias coronárias leva a formação de placas que estreitam os vasos, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correta irrigação do coração.
A doença coronária pode manifestar-se por uma dor torácica passageira, denominada de angina de peito, que resulta de um défice transitório na irrigação do miocárdio, ou por uma situação mais grave, o enfarte de miocárdio, em que o défice de irrigação é mais prologando, resultando daí a necrose ou morte de células musculares cardíacas da região afetada. Por vezes, as lesões provocadas são de tal maneira graves que delas resulta a morte súbita.
Assiste-se a grandes avanços na terapêutica da doença coronária, mas a morbilidade e mortalidade mantêm-se elevada, por isso, a mensagem principal deve ser “mais vale prevenir que remediar”, reforçando-se a necessidade de alimentação saudável e atividade física (o simples andar faz maravilhas pelo coração).
Dr. Carlos Catarino
Cardiologista
Coordenador do Clube Rei Coração da FPC