A alimentação é um importante determinante de saúde também no contexto da COVID-19. Bons hábitos alimentares e de hidratação ajudam a reforçar o sistema imunitário, a diminuir o processo inflamatório e contribuem de forma significativa para o melhor controlo metabólico de doentes obesos, diabéticos ou com patologia cardiovascular, grandes grupos de risco desta pandemia.
Nestes tempos de confinamento, verificam-se alterações bastante significativas nas rotinas e estilo de vida que influenciam os consumos alimentares. A necessidade de distanciamento social reduziu a frequência de idas as compras e em alguns grupos populacionais, o receio com a segurança, sobretudo de alimentos frescos, pode comprometer uma alimentação saudável. Também o aumento dos níveis de ansiedade e stress podem aumentar a procura por alimentos mais ricos em açúcar e gordura, o que a par com a diminuição da atividade física, contribuem para o aumento de peso e desequilíbrios nutricionais.
Alguns cuidados poderão fazer toda a diferença: assegure a ingestão diária de legumes e fruta, evite alimentos processados e ricos em açúcar, gordura e sal, faça várias refeições e de menor volume, cozinhe de forma variada e equilibrada, beba água ou bebidas equivalentes não açucaradas e, claro, mexa-se …
Dra. Elsa Feliciano
Assessora de Nutrição da Fundação Portuguesa de Cardiologia