Carlos Morais, vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) participou, enquanto convidado, no podcast do Expresso “Viver sem Idade”.
“Como reagir ao avanço da idade, tentando inibir que o tempo passe por nós?” é uma das perguntas que a jornalista Paula Castanho pretendeu ver respondida. Mónica Velosa, gastrenterologista, Francisco Machado, fisiatra, e Ivone Mirpuri, especialista em Medicina Antienvelhecimento, juntaram-se ao painel de convidados.
Nesta emissão especial ao vivo, os temas em foco foram o eixo intestino-cérebro, a importância do exercício físico, as alterações hormonais e o consumo de álcool.
“Eu acho muita piada ao título deste podcast. O objetivo não é só viver mais anos, ainda que seja uma conquista importante, mas é fundamental viver com qualidade, com conforto, com segurança, connosco e com todos os outros”, começou por referir Carlos Morais.
De seguida, explicou que o exercício físico é fundamental para viver mais e melhor e deve aplicar-se desde muito cedo na vida, dando o exemplo de que uma criança de oito anos deve ter 60 minutos diários de atividade física intensa, enquanto os adultos devem ter 150 a 300 minutos por semana.
Abordou, ainda, os fatores de risco para a saúde cardiovascular. “Sabemos quais são os fatores clássicos de risco cardiovascular, desde a hipertensão, obesidade, tabagismo, sedentarismo, colesterol elevado. Atualmente sabemos que existem outros fatores de risco, nomeadamente alguns ligados a doenças inflamatórias do intestino, a psoríase, fatores ambientais e até a solidão. Desde os anos 60, muito trabalho foi feito: desenvolvemos terapêuticas para o doente coronário agudo, conseguimos tratar arritmias cardíacas com dispositivos cardíacos e salvar muitas vidas”.
Para terminar, o vice-presidente da FPC aconselhou: “O coração, aos 50 anos, pede conhecimento, bom senso e equilíbrio. É necessário que a abordagem seja sempre individualizada, não só em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento. E uma coisa que vai beneficiar o modo como fazemos a abordagem individualizada é esta revolução tecnológica a que estamos a assistir”.
Este podcast pretendeu transmitir que, se existirem cuidados com o corpo e a mente, a longevidade será com muita qualidade, sendo possível ter uma vida melhor e com mais saúde.