Em 2020, o INEM respondeu a 21.809 ocorrências de paragem cardiorrespiratória. Nesse ano foram em média 1.874 ocorrências por mês.
Em 2013 foram 14.916 com uma média mensal de 1.243. O gráfico mostra que desde então este tipo de ocorrências têm vindo sempre a crescer.
São os meses mais frios, de novembro a março, que a paragem cardiorrespiratória é mais frequente.
Muitos chegam ao hospital já sem vida apesar dos esforços destes profissionais incansáveis da emergência médica.
Alguns têm a sorte de ter por perto alguém que fez o curso de suporte básico de vida.
Alguém que toma a iniciativa, e sem demoras liga ao 112, pede a emergência médica, informa a situação, dá localização precisa, desliga apenas quando o operador indicar, e avança com as manobras de suporte básico de vida.
O atraso no início das manobras pode comprometer a vida.
Quanto mais cedo isso acontecer menor serão as sequelas devido à falta de oxigenação cerebral.
Para um não profissional não é fácil fazer 100 a 120 compressões torácicas por minuto, deprimindo o tórax 5 a 6 centímetros em cada compressão, mas para um profissional também não. Mas quando o resultado é positivo fica uma satisfação tão grande que só cabe no coração de cada um.
Às vezes nem um estádio de futebol consegue conter tanta emoção.
O futebolista Christian Eriksen enviou do hospital a sua primeira mensagem pública depois de ter sofrido uma paragem cardíaca em campo num jogo do campeonato europeu de futebol, agradecendo aos fãs os “incríveis” desejos de boa recuperação.
Dr. Luís Negrão
Assessor Médico