Exausto? Esmagado pelas pressões? Sem paciência? A sonhar fugir? A sentir-se doente? Cerca de 40% da população sofre de problemas relativos ao stresse no trabalho, e muitos mais de outras fontes.
Sempre que as exigências de vida ultrapassam a possibilidade de ter sucesso no lidar com elas estamos perante uma situação negativa. Neste caso o stresse é um fator de risco cardiovascular.
Considere 3 situações:
1. Stresse agudo – Mortes súbitas por falência cardíaca e AVCs crescem no caso de desastres naturais (terramotos, furacões, incêndios) e nas tragédias que excedem a tolerância do atingido. Se há alarme há imediatas alterações físicas: liberta-se adrenalina, o coração bate mais depressa, irregular, baixa o fluxo de sangue para o coração, altera-se a coagulação e pode sentir dores no peito;
2. Stresse crónico – Este ainda faz mais estragos do que o stresse agudo. Uma vida penosa, imprevisível, exigente, apressada, sem lugar ao relaxamento, sem apoios está repleta de tensão física e de ansiedade. Se se aliar a falta de controlo e de resiliência do sujeito, então tudo se conjuga para ocorrer doença coronária e cérebro vascular. Aumenta a TA, libertam-se hormonas que desgastam as artérias, predispõem à obesidade, arritmias, doenças físicas e emocionais;
3. Você e o seu comportamento – Pessoas rígidas, altamente exigentes, competitivas, com dificuldades em delegar, gerir o tempo, relaxar são as candidatas ideais ao stresse negativo. Outros, que não sendo assim, mas que sufocados em vidas stressantes enveredam por comportamentos nocivos estão em risco. Aqueles que fumam, bebem ou comem mal “para relaxar”, os que se tornam sedentários, depressivos, ou seja, a conduta vai criar um estilo de vida propício ao risco cardiovascular.
Há que mudar e proteger-se. E pode.
Dr.ª Maria Antónia Frasquilho